segunda-feira, 7 de julho de 2025

FÓRMULAS MATEMÁTICAS - GEOMETRIA

Calculadora de Geometria Plana

Calculadora Geométrica

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De Onde Vêm as Palavras? Uma Viagem Divertida ao Poder dos Morfemas!

Já parou para pensar que as palavras, essas coisinhas que a gente joga pra lá e pra cá em conversas, livros e até memes, são como bloquinhos de montar? Pois é! Elas não nascem prontas do nada, tipo um pudim mágico. Cada palavra é um pequeno universo, com suas partes secretas que se encaixam para dar sentido. É como se a Gramática fosse a Dona Benta e as palavras, os personagens do Sítio. E hoje, vamos desvendar os mistérios do "País dos Morfemas", onde cada pedacinho tem seu poder! O Radical: O Coração da Palavra (e um pouco rabugento) Imagine o Radical como o Visconde de Sabugosa: ele é a essência, o coração da palavra, carregando o significado principal. É a parte que dificilmente muda na família da palavra. Se a palavra for "sapato", o radical é sapat-. Se for "sapateiro", lá está ele, sapat- de novo! É meio rabugento, sabe? Não gosta muito de se alterar. Ele diz: "Eu sou o Visconde, e pronto! Meu significado é esse e não mudo pra agradar ninguém!" Exemplos Viscondianos: flor- (flor, florista, floricultura) terr- (terra, terreno, desterrar) livr- (livro, livraria, livreiro) A Vogal Temática (VT): A Ponte Amiga (ou a Emília casamenteira) Depois do Visconde Radical, vem a Vogal Temática (VT). Pense nela como a Emília, a boneca tagarela e cheia de ideias. A VT é uma vogal (-a-, -e-, -i-) que se cola no radical para fazer a ponte. Ponte para quê? Para as desinências chegarem e darem uma mãozinha na flexão da palavra. Nos verbos, a VT é a fofoqueira que entrega a conjugação: am-a-r (VT -a- de 1ª conjugação) vend-e-r (VT -e- de 2ª conjugação) part-i-r (VT -i- de 3ª conjugação) Ela é tipo: "Oi, desinência, o am- tá pronto pra te receber, mas ele é da família do -a-, viu?" Nos nomes, a VT também aparece, muitas vezes para dar um charme ou indicar gênero (tipo um vestido ou um chapéu): casa (a Emília vestida de caipira) livro (a Emília com chapéu de caipira) O Tema: O Radical Comportado (o Visconde já mais sociável) Quando o Radical (cant-) finalmente se junta com a Vogal Temática (-a-), eles formam o Tema (canta-). É o Visconde que, depois de uma boa conversa com a Emília, resolveu ser mais sociável. O Tema é a base da palavra antes de receber as flexões de tempo, pessoa, número, etc. É o Radical com sua VT já pronta para o "baile" das desinências. cant- (radical) + -a- (VT) = canta- (tema) vend- (radical) + -e- (VT) = vende- (tema) part- (radical) + -i- (VT) = parti- (tema) Os Afixos: Os Enfeitadores e Transformadores (a Tia Nastácia e o Tio Barnabé) Ah, os Afixos! Eles são como a Tia Nastácia e o Tio Barnabé: sempre prontos para adicionar algo à receita ou dar uma ferramenta para transformar. Eles se grudam no radical ou no tema para criar novas palavras ou mudar o sentido. Prefixos (Tia Nastácia na frente): Vêm antes do radical e podem mudar o sentido ou intensificar. infeliz (negação: "não feliz") refazer (repetição: "fazer de novo") desligar (ação inversa: "tirar o ligar") Tia Nastácia dizendo: "Vou desligar esse rádio, está muito barulho!" Sufixos (Tio Barnabé atrás): Vêm depois do radical ou tema e podem mudar a classe gramatical ou dar uma nova nuance. felizmente (adjetivo vira advérbio) florista (substantivo vira agente) casarão (aumentativo de casa) Tio Barnabé: "Esse mato precisa de um cortador!" As Desinências: As Roupas das Palavras (o figurino da Narizinho) Por fim, temos as Desinências. Pense na Narizinho trocando de roupa para ir à festa! As desinências são os morfemas que indicam as flexões gramaticais das palavras. Elas são a última camada que se adiciona ao tema. Desinências Nominais (para nomes e adjetivos): Indicam gênero: menino (masculino), menina (feminino) Indicam número: livro (singular), livros (plural) Narizinho diz: "Vou por meu vestido de flores!" Desinências Verbais (para verbos): Indicam pessoa e número: (Eu) canto, (Nós) cantamos Indicam tempo e modo: (Eu) cantei (passado, modo indicativo), (Se eu) cantasse (passado, modo subjuntivo) Dona Benta: "Vocês comeram o bolo todo! Que gulodice!" E pronto! Ao entender esses bloquinhos mágicos – o radical (o coração), a vogal temática (a ponte), o tema (o radical sociável), os afixos (os enfeitadores) e as desinências (as roupas) –, a gente começa a ver que as palavras não são um bicho de sete cabeças. São pequenas construções inteligentes, cheias de vida e significado. Então, da próxima vez que você ler uma palavra, tente "desmontá-la". Quem sabe você não descobre um Visconde, uma Emília ou uma Narizinho escondidos ali? Gostou dessa viagem ao País dos Morfemas? Qual palavra você gostaria de tentar "desmontar" agora?

sábado, 9 de janeiro de 2021

GRAMÁTICA E SUAS DEFINIÇÕES É comum observar que poucos são os que não dizem que a gramática é um livro grosso, chato, difícil de decorar, repleto de regras de difícil compreensão. O objetivo aqui é apresentar, portanto, alguns dos conceitos dados a este temido livro. É válido dizer que muitas das regras apresentadas nas gramáticas têm uma conexão distante com a língua que falamos, o que não exclui a necessidade de conhecê-las para, ao menos, sabermos adaptá-las ao uso diário da língua materna. A gramática, por sua vez, como um conjunto de regras para escrever e falar bem. Essa concepção apenas engloba uma variação da língua: a norma culta ou padrão, o qual conduz o julgamento do certo e errado no que tange ao uso da língua. Partindo dessa idéia, a priori, chega-se, então, à definição da GT1 – o exemplo maior do conceito apresentado acima, o que explica o seu caráter normativo: “escreve-se assim e não assim, porque é considerado errado pelos padrões determinantes pela GT ou GN2, a qual estabelece um emaranhado de regras que devem ser seguidas; quando não o fazemos estamos “empobrecendo a língua”, maltratando o idioma”. Qualquer forma que fuja à Gramática Tradicional ou Normativa é considerada errada, visto que a mesma pretende ser um ideal de correção lingüística. Mesmo com todas as regras e não aceitação de quaisquer outras maneiras de uso da língua, a GT apresenta deficiências, uma delas a de não ser explícita, de não basear-se em contextos. Como toda teoria, deve definir os termos que pretende estudar com precisão, o que na maioria das vezes não acontece. Em muitas partes,para efeito, a GT ou GN contradiz a si mesma, exatamente por considerar que suas terminologias só serão empregadas nos contextos sintáticos por ela usados.

REVISÃO GRAMATICAL - CONTINUAÇÃO

REVISÃO GRAMATICAL II FUNÇÕES SEMÂNTICAS: _ JOÃO chutou a bola. (João = sujeito) -A BOLA foi chutada por João. (A bola = sujeito) - ESSE LIVRO, eu ainda não li. (objeto) - Fez sol hoje. (Cadê o ato de fazer? Cadê o sujeito?) - (Sujeito - 0) PREDICADOR DETERMINA E INDICA AS FUNÇÕES SEMÂNTICAS. LÍNGUA (Instrumento sócio-interacional) - USO DA LÍNGUA DESCRIÇÃO DA LÍNGUA (Objeto de investigação científica) - DESCRIÇÃO DO SISTEMA. Ana encontrou o gerente da loja com seu irmão. Pode ter vários significados e o contexto pode mostrar o real. PRAGMÁTICA - A língua (sistema) em situação real de uso com um SENTIDO.

REVISÃO GRAMATICAL - TÓPICOS

REVISÃO GRAMATICAL 1. NÍVEIS DE ESTRUTURA GRAMATICAL. 2. OBJETO DA SINTAXE. SISTEMA LINGUÍSTICO. É um conjunto organizado em subpartes que interagem entre si. 1º Componente Fonológico. Estruturas sonoras. 2º Componente Morfológico-lexical. Estrutura das palavras. 3º Componente sintático. Estrutura das sentenças. 4º Componente Semântico. Estrutura do significado. Agente: ser que pratica a ação. Tópico: Coisa de que se declara.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

terça-feira, 7 de novembro de 2017

LATIM, VOLTA POR FAVOR!

Latim, volta por favor! Vendo a dificuldade que a maioria dos alunos têm em aprender a Língua Portuguesa, principalmente a análise sintática, e também, interpretação e o problema não fica só em Português há também o baixo desempenho em questões de lógica matemática, vejo como o latim faz falta no currículo, creio que seria interessante e importante para entender alguns aspectos da língua materna e “equivocadamente pensamos que o Latim morreu”. O Latim continua existindo em todas as línguas neolatinas, Português, Espanhol, Italiano, Francês, Romeno, Galego, Catalão, Rético, Provençal e até no Inglês que, apesar de não ter origem latina, possui um vocabulário latino em torno de 65%.

Nos termos da Ciência, entendemos que língua viva é um rótulo, é que para ser viva está deverá ter pelo menos uns cem mil usuários. Se aprofundarmos o conceito de língua morta iremos verificar que é a classificação adotada por aquele sistema linguístico que não deixou vestígio ao longo do tempo, não tem uma fonte confiável para assegurar a sua existência nem a perpetuação do mesmo. E não havendo usuários que professem tal língua, esta não pode ser considerada como viva. Como o latim deixou vários vestígios na morfologia e na prosódia , não pode chamado de língua morta. Incorporado na estrutura morfológica da língua portuguesa ( os superlativos paupérrimo derivado de pobre (pauper) e boníssimo derivado de bom (bonus). Veremos outros exemplos mais adiante.

Quando criaram a União Europeia e implantaram uma única moeda, perguntaram: que língua poderia também ser a língua oficial da União? Responderam: o Latim. Replicaram: mas o Latim está morto! Treplicaram: também o Hebraico já estava morto na época em que Cristo veio ao mundo, isto é, há dois mil anos, e os judeus transformaram na língua oficial do Estado de Israel no século XX de nossa era”.

Muitos perguntarão, certamente, para que serve estudar uma língua que não se fala. Nada mais errado. A língua latina, além de ser uma língua de cultura, continua a ser falada e escrita em muitas circunstâncias.

Na Finlândia, um país que não fala uma língua de origem latina, há um noticiário radiofónico em latim, com notícias da atualidade. Muitas são as páginas da internet escritas em latim, o facebook também pode ser consultado em latim, etc. E todos os anos há vários seminários de férias onde só se fala em latim. E Além disso, termos técnicos e científicos têm sua base no Latim. Nas escolas da Inglaterra estão ministrando o ensino do Latim para as crianças a partir dos seis anos de idade.

E isto acontece mais nos países de língua germânica do que nos países de língua derivada do latim. E insisto ainda mais como dito é a língua das ciências. Foi uma língua utilizada nas universidades até meados do século XX. Quem era cientista se via obrigado a escrever em latim. Fora isso, há várias aplicações que se estendem até hoje, como os nomes científicos e a tabela periódica. As abreviações dos elementos químicos têm origem nessa língua. Por exemplo, o símbolo Au vem da palavra aurum, ouro em latim. O mesmo com o chumbo. Por que esse elemento tem como símbolo Pb? Porque vem de plumbum. E assim por diante. Tudo o que temos na cultura ocidental, devemos à cultura latina e, por tabela, à Grécia. Afinal, os romanos herdaram muitos aspectos da cultura grega, que era mais forte.

O primeiro verso de “Eneida” diz: “Arma virumque cano”, isto é, “Eu canto as armas e o varão”. Ou seja, o anúncio de que contará as aventuras de Eneias. No primeiro verso de "Os Lusíadas" se lê: “As armas e os Barões assinalados”. Isto é, Camões faz quase como uma paráfrase do primeiro verso da obra de Virgílio. Fora isso, “Os Lusíadas” possui to­das as estruturas tanto da “Enei­da” quanto das epopeias de Homero.

Linguisticamente falando, é possível ver, por exemplo, que vários metaplasmos que vemos hoje nas línguas também ocorriam, sobretudo no Latim falado pelo povo.

É comum ouvir dizer, sobretudo na imprensa, que o latim é uma língua morta. O argumento principal é: a língua não é mais falada por nenhum país. Ora, o fato de que o latim não é mais utilizado oficialmente por alguma nação não significa de modo algum que a língua está morta. Há vários falantes de latim pelo mundo. Estuda-se Latim nas faculdades dentro e fora do Brasil.

Tratar uma língua como morta é um equívoco. As línguas não morrem. Elas deixam de ser faladas. O que morre é o falante da língua. Além disso, é possível encontrar o latim em vários lugares. No supermercado, por exemplo, é possível encontrar produtos com nomes em latim ou latinizados, como corpus, intimus, lux, fiat lux, bonno, etc. Fora isso, há animes japoneses e grupos de rock que possuem letras de música em latim, assim como a música erudita. Além disso, há vários livros com expressões latinas, caso de Harry Potter, por exemplo. Então, é uma língua presente.

O problema é o não conhecimento das pessoas em relação a essa presença latina na sociedade. E esse fato se dá, inclusive, devido à retirada do estudo da língua da grade curricular do ensino básico brasileiro. “Em vários países ainda há o estudo do latim no currículo escolar. Na Itália, devido às condições históricas. Na Alemanha, pelo fato de ser também uma língua declinante. Mas nem todos os países têm ligação direta com essa latinização. No Japão e na Rússia, por exemplo, estuda-se latim. Por que no Brasil, que tem uma ligação tão grande com essa língua, não se estuda?” Para explicar o não conhecimento de grande parte da população em relação aos aspectos formais da própria língua portuguesa. O latim só está morto no Brasil, dada nossa incultura. Não aprender latim, principalmente aqui, um país que tem como oficial uma língua neolatina, é terrível. O português possui uma estrutura quase que completamente vinda do latim. Assim, seu estudo contribuiria enormemente para o aprendizado da língua portuguesa.”

Ao retirar o estudo da língua do ensino básico e até das universidades, o Ministério da Educação (MEC) prejudica bastante o ensino brasileiro.

O estudo do latim é extremamente matemático. “Se errou uma terminação, a frase inteira está perdida. Se os brasileiros tivessem esse conhecimento, pouco se veriam erros gramaticais nos textos dos alunos.”

Voltando ao campo da Ciência, o latim é adotado universalmente na nomenclatura científica referente aos seres vivos, sejam animais, vegetais ou micro-organismos como os protozoários e bactérias. A supressão do ensino de latim no Brasil trouxe maior dificuldade para o aprendizado e a utilização correta da língua portuguesa, que se tornou exposta à incorporação de falsos cognatos e pseudotraduções, assim como da sintaxe de outras línguas, especialmente do inglês. Li um médico contando um exemplo de um professor austríaco que foi contratado pela Fa­culdade de Medicina de Ri­beirão Preto. Poucos meses após sua vinda para o Brasil já falava e escrevia seus relatórios de pesquisa em português. Tive a oportunidade de participar de uma banca examinadora de tese ao seu lado, e as maiores críticas que ele fez ao examinando foram sobre a redação, apontando os solecismos, erros e impropriedades linguísticas. E lhe foi perguntado como conseguiu dominar a língua portuguesa em tão pouco tempo. Ele respondeu: pelo conhecimento do latim que estudei na Áustria”.

Hoje temos o estudo da língua latina é restrito. Seja ao curso de Letras, nos seminários religiosos ou aos juristas e cientistas. Po­rém, todos nós usamos uma ou ou­tra palavra latina em nosso léxico cotidiano. Ou o leitor nunca utilizou termos como: sic (assim, desse modo), ipsis literis (com as mesmas letras), habeas corpus, etc. (aliás, et cetera é a ex­pressão latina para “e o resto”), fora os muitos ou­tros, além daqueles citados ao longo desse texto.

Há muitos grupos e comunidades espalhadas pelas redes sociais que reúnem falantes e estudiosos de latim. Fora isso, há inúmeros sites tratando da língua (veja uma pequena lista ao lado). Mas quero ressaltar dois em específico. O jornal diário “Ephemeris” (que pode ser acessado pelo endereço: http://ephemeris.alcuinus.net/) e a rádio Nuntii Latini (ouvida pelo link: http://yle.fi/radio1/tiede/nuntii_latini/).

Como classificar o latim? O mais correto seria classificar o latim como língua clássica, por ter servido de esteio para as línguas neolatinas.

Sugiro ler o prefácio da Gramática Latina do Professor Napoleão Mendes de Almeida para se ver a importância e que falta faz o Latim na educação brasileira.